domingo, 3 de junho de 2012

Desconhecidos? Não é o que diz o talento deles

       Ser conhecido não dita o quanto capaz e bom se é, temos casos bem diferentes disso. Assim como o ser desconhecido não quer dizer ser ruim ou menos capaz, como vou mostrar para você com o texto a seguir. Tem muita coisa boa escondida sem uma oportunidade de aparecer para o mundo, escondidos para tantos, mas reconhecidos pelos que estão ao seu redor. Isso é muito importante.


       O Brasil possui muitos talentos desconhecidos, e dentre tantas categorias, muitos deles estão na escrita. Tantos poetas e escritores espalhados por este Brasil de Deus, e graças a internet podemos ter contato com esses tantos. É dificil lidar com o fato de que uma vez que algo criado foi postado, só o criador sabe quem é o autor. E por inumeras vezes verá fragmentos da sua obra espalhados pela rede. Mas acalme-se, afinal tudo tem seu lado bom e ruim. Quer uma dica? Procure ver pelo lado bom. Ver que varias pessoas gostaram de algo criado por você. E para nós escritores isto é gratificante, - disse nós porque me atrevo a escrever e busco com palavras descrever como vejo as coisas. Contudo digo - Salve a internet! - é bom podermos com uma simples busca encontrarmos em blogs e redes sociais textos tão cheios de emoção, pensamentos transformados em poesias, que no pouco tempo que levamos para ler, nos enriquece grandemente. 
       Como diz a filósofa e poeta Viviane Mosé: "O poema é uma moldura onde a vida entra." Acredito que a poesia e a filosofia são irmães, pois ambas possuem o método radical de tecer o pensamento e transformá-lo em linguagem. É com a poesia ou com o simples ato de escrever algo que podemos descrever o que vemos e a maneira que vemos. Estar ao lado de pessoas que amamos, ver a natureza ao nosso redor (mesmo que obscurecida pela urbanização das cidades) é emoldurar a vida a cada instante. Amo Drummond, Cecília, Ferreira Gullar, Vinícius e tantos outros... mas hoje não quero falar deles. Eles estão eternizados, são imortais. Já amaram tudo, já disseram tudo, já poetizaram o mundo. Hoje estou à procura de poetas pobres mortais, assim como eu. Gente que respira poesia, exala palavras, tenta escrever a própria vida de uma forma coerente. 
       Deixarei aqui tamanha admiração que tenho por um escritor "desconhecido", meu amigo Cleison Brugger. Não por ser amigo, não por conhecê-lo, mas sim por seu talento e dedicação à escrita. Com textos lindos, emocionantes e coerentes ele vem enriquecendo a quem os lê. Aqui abaixo um fragmento de um de seus textos.


"Não era um impasse. Era apenas um incômodo, um mal-estar. Eu a queria, mas não dava para tê-la. Então, resolvemos ser amigos. Mas a amizade limita os afetos (pelo menos, os que eu queria dar). Os abraços e beijos devem ser comportados. As conversas não podem ser provocantes. A língua limita-se ao falar. Eu queria mais, não apenas um amor efêmero. Definitivamente, não era assim que eu a queria tratar. Na verdade, queria tê-la para mim, como minha, sem restrições, educações ou gentilezas. Se fosse para ter algo do tipo, que fosse romantismo. Pegar na mão, sentir-me dela. Trocar olhares, sentir-me belo à vista."
Leia mais: A mulher da minha vida - BRUGGER, Cleison


E agora um pouquinho do que já escrevi.


"E numa tarde chuvosa, coisas normalmente insistem em vir à memória – coisas boas e ruins. Interessante é que mesmo que não as queira pensar, tais lembranças estão ali batendo à porta da memória para enfim vir à tona.
Lembranças... São muitas das vezes incoerentes, desordenadas e ate fugaz. E seja olhando a chuva cair lá fora, andando na rua, escutando músicas antigas, olhando um retrato na estante ou apenas em lugar qualquer com os olhos fechados, elas aparecem. E aquele clima meio que etéreo trás consigo a capacidade de te arrancar lágrimas – sim, arrancar. Porque elas caem sem que mesmo tenhamos dado permissão."
Leia mais: Simples, mas solene - Anne Albuquerque 



PARABÉNS A TODOS ESCRITORES DESCONHECIDOS DESSE BRASIL! :)

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